O Brasil e a Busca pelo Hexa em 2026

    O Brasil foi campeão do mundo pela última vez em 2002. Foi no dia 30 de junho, em um jogo contra a Alemanha, onde Ronaldo fez dois gols e garantiu o pentacampeonato. Desde então, o país não conseguiu mais repetir esse feito. Agora, a pergunta que não quer calar é: será que essa nova seleção, cheia de jovens talentos, tem o que é preciso para ir à América do Norte e ganhar a taça novamente?

    Um dos fatores mais importantes para analisar é, sem dúvida, o desempenho dos principais jogadores nos clubes. Além disso, é possível perceber algumas mensagens nas odds (cotações das apostas). Através delas, dá pra entender quem está em melhor posição para vencer. E, adiantando, o Brasil está entre os cinco favoritos! A presença de Ancelotti como treinador pode ser um diferencial, mas vamos aos detalhes.

    O Mercado e as Odds para o Brasil

    Nas casas de apostas, como as indicadas, o Brasil aparece com odds de cerca de 8.50 para vencer. Esse valor é o mesmo da França e da Argentina. Em termos de probabilidade, isso significa que o Brasil tem entre 11% e 14% de chances de ganhar o Mundial. Esse número é alto, mas ainda é menor do que o de algumas seleções europeias.

    A Espanha e a Inglaterra são frequentemente vistas como as favoritas, com probabilidades entre 15% e 17%. A França também está bem posicionada, com um time experiente em torneios importantes. O Brasil está logo atrás da Argentina, que é a atual campeã. Mesmo assim, o Brasil enfrenta desconfiança do mercado devido à idade média do time e a necessidade de renovação.

    Esse cenário ajuda a entender as odds: o Brasil ainda é considerado uma grande força fora da Europa, mas já não tem o mesmo prestígio de antes. Para quem aposta, isso abre espaço para análises, permitindo verificar se a probabilidade real de vitória é maior ou menor do que a indicada pelas odds.

    A Camiseta Pesada e o Jejum

    Desde que venceu em 2002, o Brasil só conseguiu passar das quartas de final uma vez: em 2014, quando foi a sede do torneio. E ainda enfrentou a derrota chocante por 7 a 1 para a Alemanha. Em 2006, 2010, 2018 e 2022, a seleção foi eliminada cedo, quase sempre frustrando as expectativas.

    As odds refletem essa trajetória recente de maneira sutil. O nome “Brasil” ainda atrai apostas, mas o mercado profissional já não confia plenamente que a equipe vá se sair bem em jogos decisivos. Há uma preocupação com a gestão emocional, a defesa e a capacidade de superar pressão.

    Isso é importante. A percepção atual pode estar valorizando mais a fama e a tradição do que a performance real em momentos decisivos. Em um torneio curto, esse detalhe faz toda a diferença.

    Qualificação Sul-Americana e Desafios

    O caminho do Brasil até o Mundial de 2026 não foi nada fácil. Apesar de ter garantido a classificação, o time terminou a fase das eliminatórias na quinta posição. A porcentagem de vitórias foi abaixo do esperado, e houve derrotas para equipes teoricamente mais fracas, como Uruguai, Colômbia e Paraguai.

    Esses tropeços levantaram questões sobre a identidade e a consistência da seleção. Mesmo assim, o mercado parece ter “perdoado” esses resultados, apostando que o Brasil pode se sair muito melhor em um Mundial, onde a preparação e a concentração aumentam.

    Em termos de odds, isso é relevante: as cotações indicam que o ambiente de um torneio definitivo, junto com a preparação focada, favorecerá um time com tanto talento.

    Ancelotti e a Estrutura da Seleção

    A chegada de Carlo Ancelotti ao comando da seleção brasileira pode ser o principal motivo das odds atuais em favor do Brasil. Ele é um treinador vitorioso, famoso por sua habilidade de gerenciar times com estrelas. Ancelotti se alinha à ideia de “organizar o talento” que sempre acompanha a seleção.

    O ataque da equipe, com jogadores como Vinícius Jr. e Raphinha, mantém o Brasil competitivo contra qualquer adversário. Teoricamente, a diferença está na forma como o time se organiza: ocupação de espaços, transições equilibradas e mais pragmatismo em momentos críticos.

    Ainda existem questões em aberto. A dependência de jogadores individuais em jogos decisivos, a defesa contra seleções fortes e a eficácia nas bolas paradas são fatores que podem ser determinantes em uma campanha e explicam por que o Brasil não lidera o mercado de odds.

    Grupo Acessível e Caminho para a Final

    No sorteio realizado em dezembro de 2025, o Brasil ficou no Grupo C, com Marrocos, Haiti e Escócia. A avaliação geral é que é um grupo fácil, e o Brasil é amplamente favorito para ser o líder e se classificar sem muitos problemas.

    Esse contexto melhora as odds de campeão. Uma fase de grupos tranquila diminui os riscos iniciais e aumenta a chance de chegar às fases eliminatórias com confiança. Mas tudo vai depender do sorteio nas fases finais. Um encontro precoce com um time forte da Europa pode acabar prejudicando as chances, enquanto uma trajetória mais suave até as semifinais aumentaria a atratividade das apostas.

    Para o apostador experiente, situações assim são ideais para usar estratégias como cashout parcial ou hedge, apostando em seleções da outra chave.

    O Brasil se prepara para mais um desafio no cenário internacional, e as expectativas são altas. A torcida brasileira anseia por uma nova taça e com certeza vai acompanhar cada passo da seleção na busca pelo hexacampeonato mundial.

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    Formado em Engenharia de Alimentos pela UEFS, Nilson Tales trabalhou durante 25 anos na indústria de alimentos, mais especificamente em laticínios. Depois de 30 anos, decidiu dedicar-se ao seu livro, que está para ser lançado, sobre as Táticas Indústrias de grandes empresas. Encara como hobby a escrita dos artigos no Curioso do Dia e vê como uma oportunidade de se aproximar da nova geração.