O Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos do Esporte (CIES Football Observatory) fez um levantamento das transferências de jogadores desde janeiro de 2021. O estudo analisou as principais ligas do mundo e trouxe dados bem interessantes. Ele focou no financeiro dos clubes, considerando receitas e despesas de negócios, sem incluir jogadores da base ou que estavam emprestados.
Quem lucrou mais nas transferências desde 2021?
O ranking ficou bem surpreendente: apenas um clube considerado gigante, o Benfica, está no Top 10. As outras nove equipes são de porte médio ou até pequenas, mas mostram uma gestão financeira bem eficiente.
Top 10 das transferências
- Eintracht Frankfurt (ALE) – 286 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão)
- Brighton (ING) – 221 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão)
- Stuttgart (ALE) – 178 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão)
- Atalanta (ITA) – 150 milhões de euros (R$ 930 milhões)
- Benfica (POR) – 147 milhões de euros (R$ 911 milhões)
- RC Lens (FRA) – 134 milhões de euros (R$ 830 milhões)
- Udinese (ITA) – 128 milhões de euros (R$ 793 milhões)
- Union Saint-Gilloise (BEL) – 113 milhões de euros (R$ 700 milhões)
- Lecce (ITA) – 113 milhões de euros (R$ 700 milhões)
- Lille (FRA) – 112 milhões de euros (R$ 694 milhões)
Os dados mostram que o desempenho dessas equipes impacta também em setores paralelos, como as apostas, que estão cada vez mais conectadas ao universo do torcedor.
Clubes brasileiros em ascensão
Apesar de não estarem no Top 10, alguns clubes brasileiros estão se destacando no cenário mundial. O principal é o Athletico Paranaense, que ocupa a 27ª posição, com 76 milhões de euros. O Botafogo também está entre os 50 melhores, na 45ª posição, com 49 milhões de euros. Internacional, Palmeiras e Cuiabá também estão na lista.
Aqui estão os clubes brasileiros com melhores resultados:
- Athletico-PR – 27ª colocação, 76 milhões de euros
- Botafogo – 45ª colocação, 49 milhões de euros
- Internacional – 82ª colocação, 29 milhões de euros
- Palmeiras – 118ª colocação, 17 milhões de euros
- Cuiabá – 133ª colocação, 16 milhões de euros
Ranking de premiações de 2025: Fluminense lidera
O ranking das premiações do futebol brasileiro em 2025 recebeu um bom impulso pela participação de times como Fluminense, Palmeiras, Flamengo e Botafogo na Copa do Mundo de Clubes. Esses clubes receberam valores expressivos. No momento, o Fluminense está na frente, mas os números ainda não incluem as premiações finais das competições de 2025, como Libertadores, Sul-Americana e Campeonato Brasileiro.
O primeiro balanço traz a seguinte classificação:
- Fluminense: R$ 363,1 milhões
- Palmeiras: R$ 312,3 milhões
- Flamengo: R$ 252 milhões
- Botafogo: R$ 193,9 milhões
- Bahia: R$ 46,1 milhões
- São Paulo: R$ 45,8 milhões
- Atlético-MG: R$ 44,7 milhões
- Corinthians: R$ 37,5 milhões
- Internacional: R$ 33,9 milhões
- Vasco: R$ 32,7 milhões
- Fortaleza: R$ 32,7 milhões
- Cruzeiro: R$ 26 milhões
- Grêmio: R$ 15 milhões
- Vitória: R$ 12,2 milhões
- Ceará: R$ 10,9 milhões
- Bragantino: R$ 9,7 milhões
- Sport: R$ 5,5 milhões
- Santos: R$ 3,1 milhões
- Juventude: R$ 1,5 milhões
- Mirassol: R$ 400 mil
O que os rankings mostram sobre economia do futebol?
Esses rankings, que mostram lucros com transferências e premiações, falam muito sobre como o futebol está mudando financeiramente. O setor agora conta com modelos de negócio mais claros. Há um peso maior das competições internacionais e uma diferença crescente entre quem é bem gerenciado e quem joga o dinheiro fora.
A gestão estratégica é o grande diferencial. É bem verdade que ter grana ajuda, mas quem se destaca é quem sabe alocar melhor os recursos, utilizando dados, fazendo boas vendas e contratos. Outra questão importante é que, com o aumento da receita internacional, a desigualdade interna cresce, especialmente no futebol brasileiro. Isso faz com que a concentração de premiações nos clubes de topo aumente a distância, tanto esportiva quanto financeira, entre as equipes.
Em resumo, o cenário futebolístico está mudando e os rankings ajudam a entender melhor como cada clube se posiciona nesse novo contexto econômico.
