O que é o câncer de bexiga?
O câncer de bexiga é uma doença que se forma no revestimento interno da bexiga. Esse tipo de câncer é mais comum entre homens com mais de 60 anos. Existem duas classificações principais: o não músculo-invasivo (superficial) e o músculo-invasivo. Essa classificação influencia diretamente o jeito de tratar.
Quais são os principais sinais e sintomas?
Um dos sinais mais comuns é a hematuria, que é a presença de sangue na urina, que pode ser vista a olho nu ou só detectada em exames. Outros sintomas incluem necessidade urgente ou frequente de urinar, sensação de não esvaziar completamente a bexiga, dor ao urinar e, em estágios mais avançados, perda de peso. É importante investigar qualquer sangramento na urina que não tenha uma explicação clara.
Como é feito o diagnóstico precoce?
O diagnóstico do câncer de bexiga começa com uma avaliação clínica e uma história médica detalhada. Isso pode incluir exames de sangue e de imagem. Para confirmar o diagnóstico, realiza-se uma cistoscopia com ressecção transuretral do tumor da bexiga (TURBT). Depois disso, para entender melhor a situação, faz-se uma tomografia ou ressonância do abdômen e da pelve.
Etapas do diagnóstico
| Exame | Objetivo |
|---|---|
| História clínica + exame físico | Identificar riscos como tabagismo ou exposição a produtos químicos. |
| Hematúria + citologia urinária | Indicar a presença de um possível tumor na bexiga. |
| Cistoscopia + TURBT | Confirmar a presença do tumor e coletar biópsia. |
| Tomografia/ressonância + imagiologia | Avaliar a extensão e se há invasão muscular ou metástase. |
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento do câncer de bexiga depende de ser não músculo-invasivo ou músculo-invasivo, além da saúde geral do paciente.
Para câncer não músculo-invasivo (NMIBC)
- Ressecção transuretral (TURBT) para retirar o tumor.
- Instilações intravesicais: uso de quimioterapia ou imunoterapia (tipo BCG) para reduzir as chances de recorrência.
- Monitoramento frequente com cistoscopia e citologia.
Para câncer músculo-invasivo (MIBC)
- Cistectomia radical: remoção total da bexiga, mais linfadenectomia e derivação urinária.
- Alternativas de preservação da bexiga, usando quimiorradioterapia, em casos selecionados.
- Terapias sistêmicas (quimioterapia, imunoterapia) para doenças avançadas ou metastáticas.
Considerações especializadas
A escolha entre técnicas abertas ou minimamente invasivas depende da experiência do centro de saúde e das características de cada paciente. Profissionais de saúde reforçam a importância de uma equipe multidisciplinar que ajude a otimizar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.
Qual a importância da detecção precoce?
Identificar o câncer de bexiga logo no início, quando ele ainda é superficial, permite usar tratamentos menos agressivos. Além disso, há maior chance de manter a bexiga, menor risco de evolução da doença e melhores resultados no tratamento. O acompanhamento dos riscos e a vigilância constante são fundamentais para o sucesso da abordagem.
Fatores de risco e prevenção
- Tabagismo: é o maior fator de risco conhecido para o câncer de bexiga.
- Exposições ocupacionais: contato com produtos como pinturas, corantes e solventes pode aumentar o risco.
- Infecção crônica da bexiga: um histórico de infecções ou de radioterapia na região pélvica pode ter influência.
- Para se prevenir, é importante parar de fumar, se hidratar bem, evitar produtos químicos nocivos e buscar acompanhamento médico em casos de risco.
O que esperar após o tratamento?
Pessoas que foram tratadas para câncer de bexiga devem seguir um protocolo de acompanhamento com exames regulares. Isso é essencial para detectar possíveis recidivas rapidamente. A vigilância deve incluir cistoscopia e exames de imagem em intervalos ajustados ao risco de cada um. A qualidade de vida após o tratamento também precisa ser observada, já que pode haver mudanças na urinação ou na vida sexual.
Sobre o especialista
O Dr. Daniel Hampl é um dos principais urologistas do Brasil. Ele tem um foco especial em cirurgia robótica e uro-oncologia, acumulando vasta experiência no tratamento de cânceres urológicos. Seu trabalho é baseado em um atendimento personalizado e em tecnologia moderna.
Informar e agir com confiança
Se você tem notado sintomas urinários estranhos, como sangue na urina, não fique em silêncio. É importante marcar uma consulta com um urologista qualificado para avaliar. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores as chances de um tratamento eficaz e com menor impacto na sua qualidade de vida.
